Muitas bandas almejam produzir um álbum com um conceito fechado, em outras palavras, que suas músicas, mesmo que não sejam continuidade uma da outra, componham uma unidade.
O exemplo clássico disso é o "The Dark Side of the Moon" do Pink Floyd, mas nesse nesse post vou falar de algo mais pesado, bem mais pesado.
Trata-se do disco de 2005 da banda norueguesa Gehenna, chamado "WW" (tentei achar alguma informação sobre o título sem sucesso). Este registro conta com um nome bem conhecido na cena: o competente e veloz baterista Frost.
Em minha opinião este disco atinge aquele sentido de completude e unidade que coloquei no início deste do texto. A maneira como faixas rápidas e e cadenciadas se alternam tornam a audiência dinâmica, a quantidade de faixas também é na medida certa, é um erro comum bandas se equivocarem colocando faixas demais fazendo o todo se desviar de sua idéia principal. Outro ponto importante, talvez o mais importante, é a concisão das composições, em resumo, ouvir "WW" leva a imaginação aonde as letras propõe, uma situação de apocalipse e destruição.
Enfim, ouça os riffs dissonantes, a barteria seca e direta e o vocal sombrio desse ótimo àlbum de Black Metal.
Sinfonicaos - Turbilhão de Música
Oi! Meu nome é Bruno Lombizani. Entre os estilos que mais aprecio estão o Black Metal, Death Metal, Rock Progressivo e Música Erudita dos mais diversos períodos. Este é um blog sobre música, simples assim!
sexta-feira, 20 de maio de 2011
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Para ler e ouvir
Eu sou meio desconfiado com livros escritos recentemente, acho que por culpa dessas literaturas de vampiros que tomam sol e por ai vai. Costumo brincar que só leio autores com mais de 50 anos de morte. :)
Há um certo tempo as editoras têm investido muito nos livros do tipo "Alguma banda ou série de tv e a Filosofia", que são uma compilação de ensaios de autores convidados analisando determinada produção artística cada qual com sua abordagem.
Estou lendo agora Pink Floyd e a Filosofia, publicado pela editora Madras e coordenado pelo filósofo e professor George A. Reisch da Universidade Northwestern.
É um livro bem interessante e a discografia da banda é uma fonte riquíssima para discutir política, sociedade, religião, cinema, arte, psicodelia, loucura e todas as outras forças que influenciam nossa vida.
http://www.madras.com.br?1470
Há um certo tempo as editoras têm investido muito nos livros do tipo "Alguma banda ou série de tv e a Filosofia", que são uma compilação de ensaios de autores convidados analisando determinada produção artística cada qual com sua abordagem.
Estou lendo agora Pink Floyd e a Filosofia, publicado pela editora Madras e coordenado pelo filósofo e professor George A. Reisch da Universidade Northwestern.
É um livro bem interessante e a discografia da banda é uma fonte riquíssima para discutir política, sociedade, religião, cinema, arte, psicodelia, loucura e todas as outras forças que influenciam nossa vida.
http://www.madras.com.br?1470
quinta-feira, 31 de março de 2011
Univers Zero
O Univers Zero é um grupo belga formado nos anos setenta influenciado pelo eletric jazz, mas sua música é tão diversa que seria injusto tentar enquadra-lá dentro de um padrão apenas.
Estes belgas fazem uma caótica combinação entre instrumentos elétricos e acústicos, rock, jazz e música erudita contemporânea.
A banda está ativa até os dias de hoje, claro que com várias mudanças de formação. Os fundadores Daniel Denis (que tinha apenas 17 anos quando formou o UZ) e Michel Berckmans estão no comando do septeto que em 2010 lançou o disco Clivages.
Vou destacar o primeiro álbum que ouvi deles: Heresie (1979), tido como um dos discos mais sinistros do rock-progressivo. De fato o título é merecido, a começar pela capa, diferentemente das figuras coloridas e psicodélicas que eram tão usados na época, uma foto em preto e branco, neblina ao fundo e expressões sérias, perece até disco de metal. hehe
Aqui a faixa La faux. A sensação ao ouvir esta música é a de estar num buraco negro, ou algo assim. É uma viagem e tanto!
"If Stravinsky had a rock band, it would sound like this..."
http://www.univers-zero.com
Estes belgas fazem uma caótica combinação entre instrumentos elétricos e acústicos, rock, jazz e música erudita contemporânea.
A banda está ativa até os dias de hoje, claro que com várias mudanças de formação. Os fundadores Daniel Denis (que tinha apenas 17 anos quando formou o UZ) e Michel Berckmans estão no comando do septeto que em 2010 lançou o disco Clivages.
Vou destacar o primeiro álbum que ouvi deles: Heresie (1979), tido como um dos discos mais sinistros do rock-progressivo. De fato o título é merecido, a começar pela capa, diferentemente das figuras coloridas e psicodélicas que eram tão usados na época, uma foto em preto e branco, neblina ao fundo e expressões sérias, perece até disco de metal. hehe
Aqui a faixa La faux. A sensação ao ouvir esta música é a de estar num buraco negro, ou algo assim. É uma viagem e tanto!
"If Stravinsky had a rock band, it would sound like this..."
http://www.univers-zero.com
quinta-feira, 24 de março de 2011
Grounding in numbers - Van der Graaf Generator
Por essa eu não esperava, o Van der Graaf Generator, a banda que me levou a fazer aulas de teclado, lançou um disco de músicas inéditas!
A banda vinha fazendo algumas apresentações corriqueiras nos anos 2000 e segundo o site rockonline.com.br os preparativos para o novo material começaram em 2008, sendo lançado somente agora.
Apesar de ser uma banda onde predominam os teclados, não há nada de efeitos eletrônicos mirabolantes, a base instrumental é a mesma dos anos 70: órgão hammond, piano elétrico e acústico, além de bateria, baixo e guitarra em algumas faixas.
A voz e o estilo de cantar de Peter Hammil continuam os mesmos (Bruce Dickinson precisa ouvir o disco, ele é fã declarado da banda). Guy Evans mantém na bateria suas levadas jazzisticas e Hugh Banton conduzindo belas harmonias no hammond e fazendo duetos nas teclas com Hammil.
Gostei muito do resultado final, é um disco maduro, manteve as características da banda sem soar saudosista ou repetitivo. Uma pena a ausência do saxofonista David Jackson que jornalista Jonathan Barnett o havia definido como o Van Gogh do saxofone.
"And Dave Jackson must be the Van Gogh of the saxophone - a renegade impressionist, dispensing distorted visions of the world outside from his private asylum window"
Faixas que eu destaco.
A banda vinha fazendo algumas apresentações corriqueiras nos anos 2000 e segundo o site rockonline.com.br os preparativos para o novo material começaram em 2008, sendo lançado somente agora.
Apesar de ser uma banda onde predominam os teclados, não há nada de efeitos eletrônicos mirabolantes, a base instrumental é a mesma dos anos 70: órgão hammond, piano elétrico e acústico, além de bateria, baixo e guitarra em algumas faixas.
A voz e o estilo de cantar de Peter Hammil continuam os mesmos (Bruce Dickinson precisa ouvir o disco, ele é fã declarado da banda). Guy Evans mantém na bateria suas levadas jazzisticas e Hugh Banton conduzindo belas harmonias no hammond e fazendo duetos nas teclas com Hammil.
Gostei muito do resultado final, é um disco maduro, manteve as características da banda sem soar saudosista ou repetitivo. Uma pena a ausência do saxofonista David Jackson que jornalista Jonathan Barnett o havia definido como o Van Gogh do saxofone.
"And Dave Jackson must be the Van Gogh of the saxophone - a renegade impressionist, dispensing distorted visions of the world outside from his private asylum window"
Faixas que eu destaco.
terça-feira, 22 de março de 2011
Shining (Noruega)
Ano passado, nem lembro mais como, mas estava lendo uma coluna do radialista Fábio Massari sobre uma banda norueguesa, Shining (não confunda com a banda homônima de black metal da Suécia).
Shining foi fundada por Jorgen Munkeby, multi-instrumentista que teve passagem pelo grupo experimental Jaga Jazzist.
Cada disco da banda traz um estilo diferente, no começo totalmente acústico e muito calcado no jazz. Logo depois instrumentos elétricos e passagens variadas aproximando-se do rock progressivo do King Crimson.
Pessoalmente, a sonoridade que mais gostei foi a do disco "Grindstone" (2007) por ter algo em comum com o prog rock dos anos setenta.
Um ótimo registro desta fase:
Em 2010, é lançado o álbum que ao que parece vai ditar os próximos trabalhos do grupo devido ao êxito comercial, Blackjazz.
Neste disco a banda aparece com um visual mais obscuro, condizente com as novas músicas e um bom investimento em marketing.
Blackjazz é um disco bem interessante, viciante diria, mas um pouco cansativo, talvez pelo excesso de distorção nos instrumentos e ruídos.
Um destaque vai para o habilidoso baterista Lofthus, ouça a introdução de "Exit sun".
Vale a pena ler a entrevista do Massari com Munkeby
http://colunistas.yahoo.net/posts/4450.html
http://www.myspace.com/shiningofficial
Shining foi fundada por Jorgen Munkeby, multi-instrumentista que teve passagem pelo grupo experimental Jaga Jazzist.
Cada disco da banda traz um estilo diferente, no começo totalmente acústico e muito calcado no jazz. Logo depois instrumentos elétricos e passagens variadas aproximando-se do rock progressivo do King Crimson.
Pessoalmente, a sonoridade que mais gostei foi a do disco "Grindstone" (2007) por ter algo em comum com o prog rock dos anos setenta.
Um ótimo registro desta fase:
Em 2010, é lançado o álbum que ao que parece vai ditar os próximos trabalhos do grupo devido ao êxito comercial, Blackjazz.
Neste disco a banda aparece com um visual mais obscuro, condizente com as novas músicas e um bom investimento em marketing.
Blackjazz é um disco bem interessante, viciante diria, mas um pouco cansativo, talvez pelo excesso de distorção nos instrumentos e ruídos.
Um destaque vai para o habilidoso baterista Lofthus, ouça a introdução de "Exit sun".
Vale a pena ler a entrevista do Massari com Munkeby
http://colunistas.yahoo.net/posts/4450.html
http://www.myspace.com/shiningofficial
sexta-feira, 18 de março de 2011
March of the norse
Demonaz é uma figura icônica no Black Metal norueguês, ele e Abbath fizeram do Immortal uma banda cultuada em toda a Europa (como visto no DVD "The Seventh Day of Blashyrkh") e fora dela também.
Quem conhece a história da banda sabe que o guitarrista abandonou os palcos por uma forte tendinite. Isso não o impediu de continuar compondo e escrevendo, mantendo-se como integrante ativo do Immortal.
Em 2006, período em que o Immortal estava inativo, é lançado o projeto I, com Abbath nos vocais e guitarra base, nomes de peso na cena norueguesa e letras de Demonaz. Pelo o que sei, a banda fez um único show e não tem planos de lançar mais material.
O retorno do Immortal veio em 2009 com "All shall fall", disco que rendeu uma bem sucedida turnê por EUA e Europa (quando vamos ver esses caras por aqui? demorou já!).
Eis que chegamos em 2011 com a promessa de mais um bom trabalho, seu primeiro álbum solo intitulado "March of the norse".
Por enquanto apenas uma faixa está disponível para audição, "All blackned sky" é cheia de referências aos outros trabalhos em que Demonaz participou. A levada de bateria lembra o I, nada de blast-beats e velocidade, os riffs de guitarra remetem à atual fase do Immortal. O que mais me agradou, no entanto, foi o clima épico que traz forte influência do grande Bathory.
Quem conhece a história da banda sabe que o guitarrista abandonou os palcos por uma forte tendinite. Isso não o impediu de continuar compondo e escrevendo, mantendo-se como integrante ativo do Immortal.
Em 2006, período em que o Immortal estava inativo, é lançado o projeto I, com Abbath nos vocais e guitarra base, nomes de peso na cena norueguesa e letras de Demonaz. Pelo o que sei, a banda fez um único show e não tem planos de lançar mais material.
O retorno do Immortal veio em 2009 com "All shall fall", disco que rendeu uma bem sucedida turnê por EUA e Europa (quando vamos ver esses caras por aqui? demorou já!).
Eis que chegamos em 2011 com a promessa de mais um bom trabalho, seu primeiro álbum solo intitulado "March of the norse".
Por enquanto apenas uma faixa está disponível para audição, "All blackned sky" é cheia de referências aos outros trabalhos em que Demonaz participou. A levada de bateria lembra o I, nada de blast-beats e velocidade, os riffs de guitarra remetem à atual fase do Immortal. O que mais me agradou, no entanto, foi o clima épico que traz forte influência do grande Bathory.
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